MY WOR(L)D

"Somos pessoas livres aprisionadas na nossa própria Loucura"

quinta-feira, março 15, 2007

O Rato Ratzinger

Toda vez que ouço o nome Joseph Ratzinger me sinto enojado. Atualmente conhecido como Papa Bento XVI, esse poço de conservadorismo inútil consegue cada vez mais me afastar das ditas diretrizes básicas da cultura católica (leia-se Igreja).

Essa semana Ratzinger lançou uma exortação apostólica intitulada “Sacramentum Caritatis” (parece nome de disco do Rotting Christ) que novamente realça as qualidades um tanto quanto “seletivas” da igreja católica.

A bola da vez no hall dos execrados fica com os divorciados. Chamou-os de Praga. Acho q até ateu “não bandeiroso” iria ser tratado melhor do que consta como repúdio para com os divorciados. Primeiramente o Papa proíbe com rigor a prática da comunhão para com os infelizes no matrimônio, enfatizando que os padres tem que estar atentos para identificar os mesmos. Engraçado isso. Na idade média procuravam por Bruxas (os) e agora procuram por divorciados.

A própria Igreja que prega a união dos povos, a ajuda ao próximo e a não descriminação do irmão desencadeia um processo de cunho racista e hipócrita a pessoas que por um motivo sério não puderam permanecer juntos no matrimônio. Quantos de nós conhecemos pessoas divorciadas que merecem nosso respeito? Assim com também conhecemos pessoas casadas que vivem sob um clima de guerra familiar, mas que perante a sociedade e a Igreja celebram uma vida digna de Jardim do Éden. Por quê essas pessoas que enganam a si mesmas e a seus cônjuges merecem mais respeito do que as que tiveram coragem de admitir que a separação seria a melhor solução?

O grande mal da doutrina católica é generalizar tudo e todos como se estivéssemos ainda no tempo de Cristo. Evolução é uma palavra que nunca existiu no vocabulário cristão e pelo andar da carruagem nunca existirá. Eles ignoram problemas sociais e fingem que podem recolocar o mundo “nos eixos” através de suas diretrizes conservadoras e inúteis.

O Sacramentum Caritatis também reforça a importância do celibato sacerdotal. Bom... Engraçado isso, pq até onde sei na minha vasta ignorância, o celibato é item primordial para aqueles q escolhem o caminho sacerdotal. Pq então dar ênfase a esse assunto? Estaria algo de errado acontecendo por entre as veias vitais da Igreja? Vemos isso acontecer todos os dias, e já não é surpresa casos de pedofilia entre padres e afins nos noticiários.

O papa também recomenda o uso do latim em grandes celebrações e canto gregoriano na liturgia. Interessante pra quem vive num País Europeu, Velho mundo, com antecedentes culturais elevados. Imagine um missa ao ar livre aqui no Brasil toda entoada em Latim. Seria cômico se não fosse trágico. Com nosso nível cultural, alguns achariam q o Padre poderiam estar rezando “em línguas” (outra idiotice) e tentariam acompanhar sem sucesso, outros simplesmente iriam achar que o Padre enlouqueceu. Não estou nos depreciando, é a mais pura verdade. Qto aos cantos gregorianos não preciso nem comentar, pois tem congregação que só falta colocar Banda de pagode católica pra chamar mais fiéis por serem de mais fácil assimilação, imaginem os fiéis tentando acompanhar a liturgia com os cantos mencionados.

Meu primeiro contato com o nome de Ratzinger já foi de repúdio, mesmo antes dele se tornar Papa. Ele havia lançado um livro intitulado “Introdução ao Espírito da Liturgia” onde classificava o Rock e a música Pop como “distrações profanas para a fé cristã”. Ele ainda intensificou o seu (pré) conceito de Rock como “uma expressão básica das paixões que, em grandes platéias, pode assumir características de culto ou até de adoração, contrários ao cristianismo”. Numa época onde reinam ignorância racial e religiosa, guerras, doenças, desigualdades sociais e afins, Ratzinger me vem falar sobre aspectos negativos q estes estilos de músicas podem causar frente ao catolicismo? Sinceramente não dá.

Até algumas próprias “facções” dentro do catolicismo consideraram o documento conservador demais. Ser conservador demais é prejudicial...

Ainda mais quando se é alemão não é Sr. Ratzinger?

10 Comments:

Anonymous Anônimo said...

Meu querido, concordo em partes com vc, mas acho q devemos mais respeito a essa pessoa, que ocupa um cargo tão importante na nossa sociedade (sim, estamos inseridos nela) e acredito não estar lá à toa.
Ser radical demais tb é prejudicial...
Think about it...
BJSSS

11:19 AM  
Blogger LouieCyfer said...

Justamente por ter um cargo de tamanha importância na dita "sociedade" q ele deveria focar suas opiniôes em atitudes coerentes com a realidaade mundial e não ficar fomentando um preconceito dentro da própria igreja q tem por objetivo "unir todos irmãos do Planeta".

Eu tmb acredito q ele não está lá a toa... tem muita gente ganhando com isso.

L.Y.P.

1:11 PM  
Anonymous Anônimo said...

a igreja católica não existia na época de Cristo e ela não é sinônimo de cristianismo, nem religião oficial cristã, portanto o tal papa não é porta-voz de Jesus e o que ele faz, diz ou escreve pouco me importa.
Penso que se Cristo aqui estivesse nem católico seria.
Revolution is My Name

1:40 PM  
Anonymous Anônimo said...

Dentro dessa realidade mundial tem muita gente q é a favor dele...
Se vc não é a favor, ok, siga sua religião, mas não taque pedra na cruz dos outros.

4:16 PM  
Blogger LouieCyfer said...

"O evangelho morreu na cruz" já dizia o filósofo Nietzsche.

Também acho q só o próprio Cristo poderia levar suas palavras a frente, mais ninguém.

4:23 PM  
Blogger Thosewhocannotbenamed said...

Nem vou gastar minha sensacional verborragia com este cancer chamado catolicismo.

Só tenho a dizer:

"HANG THE POPE".

8:01 AM  
Anonymous Anônimo said...

"Irmãos, não comunguemos com os descasados!"
DescasadAs, comunguem comigo!!!

1:37 PM  
Blogger 6vilb66r said...

"...uma expressão básica das paixões que, em grandes platéias, pode assumir características de culto ou até de adoração..."
Certamente ele nunca viu um show do Slayer ou ouviu o RIBlood. HEHE

Falando sério, minha crença está basicamente ligada ao espiritismo (não sou espírita). Pra começar não vejo fundamento prático em comungar, e eles ainda proibem os divorciados de comungar. Duplamente sem sentido. Talvez uma caridade feita ou um gesto de honestidade seja mais importante do que uma comunhão ou uma ida a igreja, tendo em vista que uma missa é 90% enche-linguiça com cantos e afins, enquanto o correto seria uma "instrução" dos fiéis para uma vida mais correta (que um não esteja sempre tentando fuder o outro).
E esse 'anônimo' pelo jeito é Crente.

5:07 PM  
Anonymous Anônimo said...

Não sou crente não, longe disto.
e concordo com o que vc. escreveu(fora a parte do crente).

7:12 PM  
Anonymous Anônimo said...

Mas crente não é todo aquele que crê em algo!?!?

2:47 PM  

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